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Falta de efetivo – Uma tragédia anunciada

Em 2017, a Gestão da Reduc aplicou o estudo de O&M (Organização & Método), que resultou na diminuição imediata de aproximadamente 20% dos postos de trabalhos operacionais da Reduc.
A metodologia do modelo, que é bastante questionado por especialistas da área de segurança do trabalho, foi utilizada pela direção da PETROBRAS em todo o Brasil para adequar o efetivo à redução de trabalhadores desligados da empresa por conta do PIDV (Plano de Incentivo à Demissão Voluntária), sob a desculpa gerencial de “otimização dos recursos humanos da companhia”.

A gestão da Reduc vem “passando a boiada” no que ela mesma acordou, descumprindo constantemente o seu próprio O&M, quando por exemplo, deixa as unidades operacionais sem OP. MAN – Operador de Manutenção – para colocá-los para contar, devido à falta de efetivo ou até mesmo reduzem os números mínimos de trabalhadores que ela mesma impôs na base.
A política de redução de pessoal em nome da lucratividade tem colocado em risco a vida de TODOS os trabalhadores, trabalhadoras e da comunidade no entorno da REDUC, TECAM e UTE-GLB.

A Direção do Sindipetro Caxias solicitou urgentemente uma reunião com a gerência de RH e do SMS da PETROBRAS para debatermos sobre o aumento de 30% do efetivo na base de Duque de Caxias a fim de garantirmos um número seguro para períodos de afastamentos – férias, doenças e treinamentos.

Abaixo estão alguns tópicos a serem discutidos com o RH e o SMS da Petrobras:

  • 1 – Setor de SMS/SI (Segurança Industrial): com 6 técnicos de segurança industrial e 1 supervisor, há sobrecarga de trabalho para acompanhamento de permissões de trabalho com RAS (Recomendação Adicional de Segurança), atuação em emergência na REDUC, treinamento de diversas NRs aos trabalhadores/as, atuação em paradas de manutenção, acompanhamento diário de SMS (Meio Ambiente e Segurança) em uma refinaria de mais de 13km². O ideal seria no mínimo 8 Técnicos de Segurança mais o Supervisor.
  • 2 – Setor de SMS/SO (Saúde Ocupacional): atualmente com APENAS 1 Técnico em Enfermagem para atender TODA A REFINARIA – emergência de acidentados além de acompanhar a rotina do ASO/Periódico. O ideal seria no mínimo 3 Técnicos de Enfermagem.
  • 3 – Setor de Energia, Água e Efluentes: atualmente com 2 técnicos de operação no painel para atuarem nas U´s-2200, 1320 e 1250 com suas 6 caldeiras de extrema periculosidade e 16 telas de console. O ideal seria, no mínimo, 4 Técnicos de Operação no painel.
  • 4 – Setor de destilação atmosférica e a vácuo: atualmente são 2 técnicos de operação na U-1210 na área. O acidente desta unidade no ano passado mostrou a todos, especialmente aos gestores, que 2 técnicos na área não são o suficiente para garantir uma atuação rápida em emergência. O ideal seria, no mínimo, 3 Técnicos de Operação na área.
  • 5 – A gestão da REDUC está terceirizando os fiscais de contrato desrespeitando o ACT20/22, vigente: Cláusula 96. Fiscalização de Contratos de Prestação de Serviços A Companhia reafirma o compromisso de que a atividade de fiscalização de contrato será realizada apenas por empregados próprios, visando a dar maior ênfase aos aspectos trabalhistas, sociais, econômico/financeiros, técnicos e de segurança meio ambiente e saúde, sendo admitido o apoio de empresas contratadas exclusivamente para as atividades administrativas de verificação do correto recolhimento das contribuições previdenciárias, de FGTS e do cumprimento das obrigações trabalhistas.

A direção do Sindipetro Caxias reforça a importância do debate a fim de retornarmos em todos os setores diminuídos ao número mínimo de trabalhadores praticado antes do O&M, além da abertura de mais postos de trabalho pra petroleiros e petroleiras na área da manutenção, que tem sido o grande gargalo em Duque de Caxias, que devido à terceirização e a política de contratação de pessoal da Petrobras, a cada renovação de contrato há uma perda acentuada de mão-de-obra especializada para trabalhadores inexperientes para os equipamentos críticos das fábricas do sistema PETROBRAS.