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Não à privatização da COPERGÁS

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Mantendo a política neoliberal privatista e nociva à economia brasi- leira, a governadora de Pernambuco, Raquel Lira (PSDB) estaria facilitando a entrega da Copergás para acionistas japoneses.

Hoje, o governo de Pernambuco detém 51% das ações da empresa, enquanto a Commit Gás e a Mitsui Gás têm 24,5% dos ativos cada. Com a participação majoritária, o estado se mantém decidindo sobre a produção e a distribuição do gás natural. 

Porém, o que vem se alinhando para acontecer é diferente e entregaria a empresa à privatização.

Nesse rearranjo entre o governo tucano e as empresas do Grupo Mitsui, as acionistas privadas passariam a ter 70,94% das ações preferenciais da Copergás. 

Assim, as vagas no Conselho Administrativo seriam compostas pela empresa privada em duas das três vagas. 

Colocando a gestão da Copergás sob domínio privado administrativamente.

O Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco e Paraíba (SINDIPETRO PE/PB), provocou o questionamento perguntando que tipo de empresa de gás natural interessa à Pernambuco, “uma que seja mera geradora de dividendos para transnacionais ou aquela que fomenta o desenvolvimento de nosso estado, com um insumo competitivo?”

HISTÓRICO DE FRAUDE

O Grupo Mitsui detém ações de mais de 70 empresas no Brasil. No agronegócio, no ramo de seguros, na Petrobrás, no transporte público, no Estaleiro Atlântico Sul, na Vale e outras.

A multinacional soma ações e irregularidades no país. Em 2014, teve o vice-presidente indiciado pelas investigações do Ministério Público de São Paulo no escândalo de formação de cartel, pagamento de propinas e corrupção nas obras da Companhia Paulistana de Trens Urbanos (CPTM). De acordo com a Polícia Federal, esquema ilícito que provocou um rombo de R$ 834 milhões.

Em 2016, mais uma vez o conglomerado foi alvo da Justiça ao participar de negociações de “venda de atos legislativos”, liderados pelo ex-presidente da Câmara de Deputados na época, Eduardo Cunha. 

No esquema, Cunha teria recebido R$ 40 milhões em parceria com o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, que seria propina na aquisição de navios sonda da Petrobrás.

[Com informações da FUP, do Sindipetro PE/PB e Rubra Comunicação]

Foto: Sindipetro PE/PB