Petroleiros aposentados protestam novamente na sede da Petros contra 5 anos consecutivos de achatamento na aposentadoria

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Petroleiros aposentados protestam novamente na sede da Petros contra 5 anos consecutivos de achatamento na aposentadoria

Manifestação convocada pelas duas federações da categoria, FUP e FNP, será realizada no Edifício Senado (EDISEN), no Centro do Rio

Os trabalhadores aposentados e pensionistas da Petrobrás organizam protesto em frente à sede da Petrobrás, para que a companhia pague sua dívida com a Petros, fundação responsável pela administração dos fundos de investimento que gere a aposentadoria da categoria. O ato acontece nesta terça-feira (30), às 10h.

Há 5 anos a Petrobrás e a Petros cobram o déficit de aportes mal aplicados aos aposentados. Em 2022, por exemplo, a rentabilidade da Petros foi inferior aos demais planos de aposentadoria e não atingiu nem as próprias metas de ganho. Como consequência dos baixos rendimentos, a gestão da empresa fatia o déficit sofrido e repassa aos aposentados, gerando cobranças à categoria, os chamados Equacionamentos.

O Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias, que organizou uma manifestação com mais de 500 aposentados em abril deste ano no mesmo local, é contra as cobranças feitas da empresa aos aposentados. “Esse mês completa 5 anos que os aposentados, aposentadas e pensionistas recebem esses injustos descontos mensais no contracheque para compensar a má administração feita pela Petros. A união de todos os sindicatos do Brasil que representam petroleiros, é mais uma demonstração da expectativa que estes trabalhadores têm de que a nova gestão da Petrobrás vá resolver esse problema que se arrasta desde o golpe parlamentar em 2016.”, enfatizou o presidente do Sindipetro Caxias, Marcello Bernardo.

Aposentados e pensionistas pagam por déficit bilionários

O Conselho da Petros optou por aprovar um novo equacionamento depois do déficit acumulado no ano de 2021 ficar em torno R$ 7,74 bilhões. A proposta da diretoria é aplicar percentuais máximos de 4,31% para os participantes (Petrobrás e suas subsidiárias) e de 4,84% para os assistidos (aposentados e pensionistas). Esse quadro foi agravado pelos péssimos resultados dos investimentos obtidos da pela atual gestão da Petros, na contramão da rentabilidade de planos similares em outras Fundações, como Previ, FUNCEF e Postalis. Isso contribuiu para novos déficits e decorrentes equacionamentos.