Comunicado – Feriado Carnaval Sindipetro Caxias
fevereiro 14, 2021
Saldo AF
fevereiro 14, 2021

Sindipetro Caxias na luta contra a sobrejornada

É pela vida e pela saúde dos trabalhadores

O problema da sobrejornada nas bases do Sindipetro Caxias é generalizado. Muitos trabalhadores saíram da empresa nos PIDVs, e até hoje não houve reposição desta mão de obra. Pelo contrário, a empresa fez o estudo de O&M e vem reduzindo de forma arbitrária ainda mais o número mínimo de operadores. A cada dia que passa se torna mais perigoso trabalhar em uma refinaria da Petrobrás.

Agora, a empresa mudou a jornada dos petroleiros e institucionalizou a dobra de 12h. Todos os dias há trabalhadores na refinaria trabalhando 24h, causando adoecimento por prática de jornada exaustiva. A própria empresa se contradiz, já que a intenção do turno de 12h seria para que o trabalhador fosse menos à refinaria.

Isto tudo não é novidade. O Sindipetro Caxias já realizou dezenas de denúncias desta prática da Petrobrás. São diversas ações em que o Sindicato ingressou na Justiça do Trabalho: como a Ação contra o O&M (coletiva, que continua em tramitação – vide nº 3 da tabela de ações coletivas), a Ação para que o trabalhador não dobre no turno de 12 horas (coletiva, também em tramitação – vide nº 17 da tabela de ações coletivas) e a Ação do não retorno (ações individuais). A relação de ações coletivas pode encontrada no site do Sindipetro Caxias, clicando aqui.

Os poucos trabalhadores novos que chegam não possuem um treinamento adequado que garanta segurança no aprendizado antes da atuação nas áreas operacionais. Temos hoje em dia o chamado “self-service” do treinamento na REDUC, ou seja, o trabalhador não sabe nada sobre a unidade e treina ele mesmo. Isso acarreta maior sobrecarga aos trabalhadores, uma vez que o treinando ainda conta no número mínimo de sua unidade original de maneira fictícia.
Há ainda o risco de acidentes pela terceirização que tem ganhado espaço, uma vez que a alta rotatividade de trabalhadores impede o adequado treinamento para sua atuação. E quando se trata de risco, a própria empresa parece ter interesse em produzi-lo pela falta de manutenção generalizada, associada a jornadas exaustivas dos trabalhadores. Não esqueçamos do caso Cabral em 2016, que foi assassinado pelos gerentes omissos da época.

No fim, tudo se resume ao lucro à custa da saúde e da vida dos trabalhadores.