Mudanças implementadas pela Comissao Eleitoral, que coordena a votação para o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal da Petros, estão sendo consideradas duvidosas pela FUP e podem ser um risco à segurança e transparência da eleição que começou na segunda-feira (02).
Essas mudanças, que rompem com regras seguidas há mais de 17 anos, levantam dúvidas sobre a lisura do pleito, pois retiram capacidade de fiscalização da Comissao Eleitoral e deixa de registrar diversas informações qualitativas dos votos.
Essas alterações podem levar à anulação de eleição para o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal da Petros
Diferentemente de todas as nove eleições realizadas pela Fundação, desde 2001, as duplas que concorrem aos Conselhos e os eleitores saberão somente o total de votos que os candidatos receberam e quantos eleitores votaram.
Não saberão em quais estados os candidatos foram votados, nem o número de votos que cada um deles recebeu.
Isso dificultará gravemente a fiscalização do processo eleitoral, pelos candidatos, pelos eleitores e pela própria Comissão Eleitoral.
Além disso, com as mudanças, a Comissão Eleitoral perdeu o controle da senha que dá acesso ao sistema de votação e apuração da eleição.
Antes, essa senha era compartilhada, dividida entre todos os seus
membros, além dos representantes da empresa de informática, que
administra o sistema de votação, e da empresa certificadora, que valida a
segurança do processo eleitoral, ambas contratadas pela Petros.
Agora,
somente os representantes da empresa de informática e da empresa
certificadora detêm as senhas que dão acesso ao sistema de votação e
apuração da eleição.
Essa mudança no controle de abertura e fechamento do sistema de votação e apuração coloca em risco toda a segurança do processo eleitoral.
Além disso, a Petros decidiu fazer campanha de ‘incentivo à votação’ em prédios administrativos pontuais da Petrobrás, em detrimento de outros, em clara conduta de seleção de ‘público’.
Tal gravidade da denúncia se soma ao fato de que essas alterações foram discutidas e definidas em reunião da Comissão Eleitoral no último dia útil antes do início da votação e sem ter a ata de reunião publicada ou fornecida aos seus membros.
Se a resposta da interpelação judicial não for esclarecedora ou convincente, a FUP tomará as providências judiciais para garantir a correta realização dessas eleições para que possamos ter, novamente, uma eleição, segura e confiável no seu resultado final, como já ocorreu em nove eleições já realizadas pela Petros desde 2001.
Acesse aqui a inicial da interpelação feita pela FUP
[FUP]