Nesta segunda-feira (20), a Petrobrás apresentou a primeira contraproposta para o ACT 2022/2023 aos sindicatos e federações. Segundo Marcello Bernardo, da direção do Sindipetro Caxias, que esteve presente na reunião, uma proposta absurda que ataca profundamente os direitos dos trabalhadores do Sistema Petrobrás.
Nesta quarta-feira (22) o Conselho Deliberativo da FUP reuniu-se para avaliar a proposta e indicou a rejeição e um calendário de assembleias até o dia 8 de julho. Em meio à ofensiva privatista do governo Bolsonaro e do presidente da Câmara, Arthur Lira, a empresa faz uma proposta de ACT acintosa à categoria. Enquanto a empresa pede resiliência para os trabalhadores, a Petrobrás tem pago enormes dividendos aos acionistas.
A proposta em relação à AMS aprofunda as dificuldades que a categoria, em especial os aposentados, já vêm sofrendo desde o último ACT além de legalizar a privatização do plano através da APS e da sua retirada do ACT.
Sobre a proposta apresentada pelo Sindipetro Caxias que trata do Adicional de Gasodutos da Transpetro, que já havia sinalização de avanço na negociação por parte do presidente da empresa, foi dito pelo gerente da Transpetro que não houve avanços na negociação.
Além disso, diversos outros ataques aos direitos da ativa, operacionais e administrativos, estão propostos na negociação, como as Horas Extras, não regramento do teletrabalho, entre outros.
Os diretores da FUP, da FNP e do Sindipetro Caxias, questionaram a falta de vergonha da empresa em apresentar uma proposta com o reajuste muito abaixo da inflação e da realidade do país, tendo em vista as perdas salariais que já vem ocorrendo ao longo dos anos.