O TST apresentou na noite de quinta-feira, por meio do vice-presidente do tribunal, Renato de Lacerda Paiva, uma proposta de Acordo Coletivo para os trabalhadores da Petrobrás, após reuniões de mediação solicitadas pela empresa e aceitas pela FUP e pela FNP. A divulgação foi feita por meio de transmissão ao vivo no canal do TST na internet.
O Conselho Deliberativo da FUP, integrado por representantes dos 13 sindicatos filiados à Federação, se reúne na próxima terça, 24, no Rio, para avaliar a proposta do Tribunal. No dia seguinte, a FUP e a FNP se reúnem para definir de modo conjunto os próximos passos da Campanha Reivindicatória. Após prorrogação solicitada pelo TST, o Acordo Coletivo dos Petroleiros tem validade até o próximo dia 30.
Durante a transmissão ao vivo, Paiva destacou o papel dos sindicatos na defesa dos interesses dos trabalhadores, testemunhando o empenho dos representantes da FUP e da FNP.
O vice-presidente do TST também lembrou a necessidade de outras lutas que envolvem a Petrobrás, como as que dizem respeito às desmobilizações e à privatização, “que são relevantes e urgentes para a categoria”.
Além da Campanha Reivindicatória, uma grande luta que está colocada para os trabalhadores é o da defesa da própria Petrobrás, como citado até mesmo pelo próprio vice-presidente do TST. A companhia está sendo fatiada para ser entregue a outras petroleiras, privadas e estatais estrangeiras, em prejuízo da soberania nacional e da atuação da Petrobrás enquanto empresa promotora de desenvolvimento com justiça social no Brasil. Nas últimas semanas, a Petrobrás tem anunciado sucessivamente a venda de refinarias e a “desmobilização” de bases administrativas. Regiões inteiras, como o Nordeste, correm o risco de deixarem de contar com instalações da empresa, gerando desemprego, queda na arrecadação de estados e municípios e concentração industrial no Sudeste.