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Sindipetro Caxias enfrenta Petrobrás para garantir saúde, direito de greve e negociação na REDUC

MTE convida Sindipetro e Petrobrás para mediar a situação. Reunião acontece nesta sexta, 19.

Desde o início da semana, o Sindipetro Caxias vem atuando para garantir a saúde, a integridade física e o direito constitucional de greve dos trabalhadores da REDUC, mantidos por horas dentro da planta por determinação da Petrobrás. O sindicato denunciou ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) risco grave e iminente à vida, à saúde e à segurança das instalações, diante da permanência de pessoas exaustas na operação.

Desde os primeiros dias da greve, o Sindipetro Caxias reiterou à empresa sua disposição para negociar um acordo de contingência mínima, conforme a Constituição e a Lei de Greve. O sindicato deixou claro que não se opõe à manutenção das atividades essenciais à população, como o abastecimento de combustíveis e gás, mas defende que a definição do efetivo mínimo seja fruto de negociação coletiva, e não de imposições unilaterais da empresa.

Apesar disso, a refinaria passou a exigir jornadas prolongadas, com supressão de descanso e sobrecarga operacional. Diante da gravidade da situação, o sindicato acionou o MTE. Na terça-feira, 17, auditores do órgão estiveram na REDUC, ouviram trabalhadores e garantiram a saída de 12 petroleiros que estavam há horas no interior da refinaria e manifestaram o desejo de sair.

Após essa intervenção, o Sindipetro Caxias solicitou formalmente a mediação do MTE para assegurar a liberação dos demais trabalhadores. A proposta do sindicato é clara: garantir a saída das pessoas em exaustão e, ao mesmo tempo, negociar um plano de contingência que preserve apenas as atividades essenciais, permitindo a paralisação do que não é indispensável à sociedade, como unidades voltadas à produção de polímeros, parafinas, lubrificantes e nafta para a indústria petroquímica.

Paralisar o que não é essencial faz parte do direito de greve. Em um sistema capitalista, afetar a produção é a forma concreta de demonstrar que a força de trabalho é central para o funcionamento da empresa e não pode ser tratada como descartável. A pressão exercida pelo sindicato obrigou a refinaria a liberar trabalhadores e criou uma obrigação real de negociação.

Nesta sexta-feira, 19, o Sindipetro Caxias foi comunicado do convite do Ministério do Trabalho e Emprego para uma mediação direta com a Petrobrás. O sindicato entende a mediação como fundamental para fazer valer simultaneamente a lei de greve e o direito ao descanso, à saúde e à segurança dos trabalhadores.

O conflito expõe uma contradição profunda. Enquanto a Petrobrás anuncia o pagamento de cerca de 90 bilhões de reais em dividendos a acionistas, muitos internacionais, trabalhadores têm seus direitos básicos tensionados. Essa lógica financeira colide com o caráter estratégico da Petrobrás e com o compromisso assumido por um governo progressista eleito com apoio decisivo da categoria petroleira.

Ao longo de toda a semana, o Sindipetro Caxias manteve uma atuação baseada na defesa da vida, da legalidade e da negociação coletiva, reafirmando que não há produção segura sem trabalhadores respeitados.

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SINDIPETRO CAXIAS | 19/12/2025

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