Audiência pública, em Brasília, discute exploração de petróleo na Margem Equatorial Brasileira

Convocação de assembleia
novembro 19, 2022
COVID-19: Orientações do Sindipetro Caxias
novembro 23, 2022

Audiência pública, em Brasília, discute exploração de petróleo na Margem Equatorial Brasileira

Considerada umas das áreas de produção de petróleo mais promissoras do país e um dos principais alvos de investimento da Petrobrás no setor de exploração, a Margem Equatorial Brasileira será pauta de uma audiência pública nesta quarta-feira (23/11), às 10h, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Representantes do governo federal, Petrobrás, entidade ambiental e categoria petroleira, junto com a sociedade, vão debater a exploração e produção de petróleo e gás natural nessa área e as implicações sociais, econômicas e ambientais para as regiões Norte e Nordeste do país.

A audiência foi proposta pela deputada federal Vivi Reis (PSOL/PA), diante do anúncio feito pela Petrobrás de iniciar ainda neste ano a campanha exploratória da Margem Equatorial, faixa da costa litorânea que vai desde o Estado do Amapá, passando pelo Pará, Maranhão, Piauí, Ceará até o Rio Grande do Norte. O Plano Estratégico 2022-2026 da estatal prevê investimento de US$ 2 bilhões na exploração de 14 poços já identificados nessa área.

A Petrobrás aguarda somente a licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para começar a primeira perfuração na Margem Equatorial, na Bacia do Foz do Amazonas. “Obtidas as autorizações, terão início as atividades para a descoberta de acumulação economicamente viável de óleo e gás. Para tanto, a Petrobrás deverá obter dados diretos, de poços exploratórios, e indiretos, como aquisições sísmicas, de modo a avaliar o potencial do projeto”, afirma a deputada.

Novo Pré-Sal

As reservas da Margem Equatorial são estratégicas para a Petrobrás e consideradas uma importante fronteira exploratória em águas profundas e ultraprofundas. A estimativa de produção nessa área é de 20 a 30 bilhões de barris de petróleo, o equivalente à metade do volume do pré-sal. “Essa região já vem sendo chamada de Novo Pré-Sal e tem potencial para se tornar a segunda maior reserva petrolífera do país. Por isso, é fundamental conhecer e discutir as possíveis ameaças socioambientais desse projeto, lembrando que existem comunidades indígenas, de quilombolas e ribeirinhas que ali habitam e podem ser impactadas”, destaca Bruno Terribas, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá (Sindipetro – PA/AM/MA/AP).

O petroleiro é um dos convidados para a audiência pública, ao lado de representantes do Ministério de Minas e Energia – do atual governo e da equipe de transição do presidente eleito Lula -, Petrobrás, Greenpeace, Ibama e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

Alessandra Campos
Assessora de Imprensa/Observatório Social do Petróleo
(11) 97531-0753