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Federações e Sindipetros intensificam mobilização e convocam greve nacional no Sistema Petrobrás a partir de 15 de dezembro

Ambas federações dos petroleiros (FUP e FNP), junto aos sindicatos de base, estão convocando uma greve nacional por tempo indeterminado a partir do dia 15 de dezembro. A decisão surge após meses de tentativas de diálogo frustradas e diante da postura da Petrobrás, que insiste em não apresentar soluções para os principais eixos da campanha reivindicatória sem apresentar uma contraproposta que solucione os PED e atenda às principais necessidades demandadas na campanha.

Por que a greve?

As entidades sindicais apontam que a empresa não negocia e não olha para as demandas da categoria. A única proposta apresentada pela Petrobrás contém mais perdas econômicas e repetição que ganhos e pontuais avanços, e a gestão segue se recusando a construir alternativas. A Petrobrás “jogou a proposta na mesa e se nega a negociar”, denunciam as federações.

A paralisação, portanto, se coloca como a resposta necessária diante de meses de negociações infrutíferas e ausência de algo concreto que resolva os problemas da categoria.

ACT forte + Fim dos PEDS + Ganho real

Essas três palavras de ordem sintetizam o que está em disputa: a defesa de um ACT que avance, com ganho real, além do fim dos equacionamentos assassinos que sangram os aposentados todos os meses por culpa da própria Petrobrás.

Meses de impasse

Nas bases, os petroleiros já haviam dado o recado. Em diversas unidades, os trabalhadores rejeitaram massivamente a contraproposta patronal e aprovaram o estado de greve, como ocorreu na base de Caxias, que também participou de atos que paralisaram refinarias no dia 11 de novembro.

O recado foi claro: a categoria quer negociação de verdade.

Efetivo, O&M e subsidiárias

Embora o centro da disputa esteja no ACT, as entidades também ressaltam haver problemas graves quanto a defasagem de efetivo e os problemas de O&M, que colocam em risco a segurança operacional. Além do Plano de Resiliência, que aprofunda incerteza nas subsidiárias e faz a empresa apertar os cintos dos trabalhadores enquanto antecipa bilhões em dividendos aos acionistas, para o quais não parece haver necessidade de resiliência alguma. Mesmo sem negociar os ACTs dessas empresas, a Petrobrás ainda pede “paciência” aos trabalhadores.

Caixa crescente, diálogo ausente

Segundo análises do economista Eric Gil Dantas, o novo Plano de Negócios da Petrobrás prevê um aumento significativo da geração de caixa nos próximos anos. Ou seja, a empresa tem fôlego financeiro, mas prefere direcionar seus esforços para valorizar acionistas, em vez de dialogar com quem de fato produz a riqueza: os trabalhadores e trabalhadoras. É justamente esse contraste que amplia a indignação da categoria: se há recursos, por que impor perdas e recusar negociação?

Assembleias em andamento e preparação da greve

As bases de Sindipetro estão realizando assembleias até o dia 10 de dezembro. As da FUP, até 11. Todas deliberando sobre a deflagração da greve nacional. Em Caxias e demais unidades do país, a participação tem sido intensa.

Caso a greve seja aprovada, está previsto um seminário de preparação no dia 11 de dezembro, na sede do sindicato, reunindo trabalhadores para organizar os próximos passos.

A mobilização cresce porque os petroleiros estão dizendo, mais uma vez, que não aceitarão retrocessos. A partir do dia 15, se a Petrobrás continuar fugindo da negociação, encontrará a categoria em greve nacional por tempo indeterminado.

CONFIRA O CALENDÁRIO DE ASSEMBLEIAS

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